Pedro
Vocação para caramujo, eu acho que sempre tive.
Foi em 1970, eu acho, que me inscrevi como promotor de vendas na empresa ROTEL. De origem gaúcha, ela pretendia entrar nos mercados carioca e paulista com o aluguel de trailers. Minha inscrição deveu-se tão somente ao fato de que os promotores, com vistas a conhecer o produto, terem direito a um final de semana de graça. Aproveitei para acampar com um grupo de amigos em Itacuruçá, litoral sul-fluminense. A empreitada não foi adiante, e a empresa fechou as portas pouco tempo depois de eu mandar instalar, as escondidas, um gancho de reboque no VW-Variant de meus pais. Mas o final de semana com feriado foi muito bom.
A segunda oportunidade custou mais caro. Em 1978, depois do nascimento do segundo filho, procurei um trailer para alugar. Havia uma empresa no RS, mas nada na região Sudeste, e custavam muito caro. Optei por procurar um usado para comprar, e depois de usá-lo para uma viagem, vender novamente.
A viagem neste trailer é um capítulo a parte, e daria um livro tragicômico, levando-se em consideração que a tripulação era composta da Cristina e da mãe dela como ajudante de ordens, eu, e nossos filhos como passageiros. Christian com 2 1/2 anos, e Patrick com 6 meses, convalecente. Uma viagem de 23 dias do Rio até Camboriú (SC) com muitas paradas e aventuras.
A liberdade de fazer uma viagem sem planejamento é fascinante. Sem reservas de hotéis, sem atrasos de aviões, sem malas perdidas... apenas siga pelo caminho mais simpático ou bonito no próximo entroncamento, e ache mais um lindo lugar para passear e passar a noite.
Bom, neste iterím veio a fase adulta (aquela que se você não for rico, não faz nada de realmente bom), e agora a chamada 3a. idade. É agora, ou nunca !
O sonho de viajar de Motorhome tinha três destinos escolhidos; Escandinavia, Canada ou Nova Zelândia. De repente me liga o Sérgio: - Cara, vou cancelar as minhas férias no Vietnam, e podemos ir para a Nova Zelândia e alugar um Motorhome ! Topa ?
No dia seguinte eu era um expert tanto em Nova Zelandia como em Motorhomes de aluguel. ( Santa Internet!) Nestes dias eu tinha o mapa e a geografia neozelândesa na ponta da lingua, sabia quais veículos pareciam os melhores, aonde deveríamos marcar pontos de passagem, apesar de deixar o roteiro final para ser decidido durante o passeio. Datas fixas , apenas a chegada em Christchurch (2a. maior cidade, maior da Ilha Sul) via Auckland vindo de Santiago com a Qantas/Lan Chile, a travessia da Ilha Sul (Picton) para a Ilha Norte (Wellington – Capital) e a data da devolução do Motorhome em Auckland para o vôo de retôrno. A travessia tinha que ser reservada, pois fica cheio o espaço para veículos, e consegui que a incluíssem no custo do aluguel.
Sérgio e eu baixamos diversos mapas para GPS da Internet, fizemos roteiros, e consultamos Blogueiros Viajantes e amigos que ja haviam estado por lá. Fizemos um roteiro básico, lendo bastante do que fazer em cada região em que passaríamos. Acrescente mais uns dias de reserva, e pronto, o planejamento estava pronto. Agora é conferir para ver se vai ser assim mesmo.
O número de Campings, particulares e/ou públicos é enorme. O turismo de camping, em todas as suas variações, é muito grande por lá, e as facilidades também.
Agora estamos a 20 dias da partida. Sérgio esta juntando todos seus eletrônicos, equipamentos de foto e video, e uma mochila com rodinhas apenas para poder carregar isto tudo. Uma maquina para cada situação, uma de reserva, uma para 360 ° e descobriu que falta um filmadora... GPS resolvemos que vamos levar dois; o dele (um deles) e o meu, e navegaremos em Stereo.
Ja fizemos contato com a Vodafone que irá disponibilizar o acesso à Internet por chip pré-pago, já sabemos em que locais, quais lojas, e em que departamentos nos endividaremos por bastante tempo, e já sabemos até mesmo a que horas é feito o tour na fabrica de chocolates da Cadbury em Dunedin ( ao sul de Christchurch – lá pelo 4o. ou 5o. dia).
Bom, é assim que eu cheguei até aqui. Cristina sempre me acompanhou e curte bastante os passeios. A Nova Zelândia sempre foi um de seus sonhos, apesar de ter viajado pelo muindo muito mais do que eu. 30 dias numa casa de 10m2 com mais um casal amigo podem mudar a história, veremos...
Pretendemos registrar o nosso passeio em foto e filme, e dividir algumas com vocês através deste Blog, curtam !
Vocação para caramujo, eu acho que sempre tive.
Foi em 1970, eu acho, que me inscrevi como promotor de vendas na empresa ROTEL. De origem gaúcha, ela pretendia entrar nos mercados carioca e paulista com o aluguel de trailers. Minha inscrição deveu-se tão somente ao fato de que os promotores, com vistas a conhecer o produto, terem direito a um final de semana de graça. Aproveitei para acampar com um grupo de amigos em Itacuruçá, litoral sul-fluminense. A empreitada não foi adiante, e a empresa fechou as portas pouco tempo depois de eu mandar instalar, as escondidas, um gancho de reboque no VW-Variant de meus pais. Mas o final de semana com feriado foi muito bom.
A segunda oportunidade custou mais caro. Em 1978, depois do nascimento do segundo filho, procurei um trailer para alugar. Havia uma empresa no RS, mas nada na região Sudeste, e custavam muito caro. Optei por procurar um usado para comprar, e depois de usá-lo para uma viagem, vender novamente.
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| Nós na estrada com o nosso Opala Caravan e o Trailer |
A liberdade de fazer uma viagem sem planejamento é fascinante. Sem reservas de hotéis, sem atrasos de aviões, sem malas perdidas... apenas siga pelo caminho mais simpático ou bonito no próximo entroncamento, e ache mais um lindo lugar para passear e passar a noite.
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| No Camping estacionado |
O sonho de viajar de Motorhome tinha três destinos escolhidos; Escandinavia, Canada ou Nova Zelândia. De repente me liga o Sérgio: - Cara, vou cancelar as minhas férias no Vietnam, e podemos ir para a Nova Zelândia e alugar um Motorhome ! Topa ?
No dia seguinte eu era um expert tanto em Nova Zelandia como em Motorhomes de aluguel. ( Santa Internet!) Nestes dias eu tinha o mapa e a geografia neozelândesa na ponta da lingua, sabia quais veículos pareciam os melhores, aonde deveríamos marcar pontos de passagem, apesar de deixar o roteiro final para ser decidido durante o passeio. Datas fixas , apenas a chegada em Christchurch (2a. maior cidade, maior da Ilha Sul) via Auckland vindo de Santiago com a Qantas/Lan Chile, a travessia da Ilha Sul (Picton) para a Ilha Norte (Wellington – Capital) e a data da devolução do Motorhome em Auckland para o vôo de retôrno. A travessia tinha que ser reservada, pois fica cheio o espaço para veículos, e consegui que a incluíssem no custo do aluguel.
Sérgio e eu baixamos diversos mapas para GPS da Internet, fizemos roteiros, e consultamos Blogueiros Viajantes e amigos que ja haviam estado por lá. Fizemos um roteiro básico, lendo bastante do que fazer em cada região em que passaríamos. Acrescente mais uns dias de reserva, e pronto, o planejamento estava pronto. Agora é conferir para ver se vai ser assim mesmo.
O número de Campings, particulares e/ou públicos é enorme. O turismo de camping, em todas as suas variações, é muito grande por lá, e as facilidades também.
Agora estamos a 20 dias da partida. Sérgio esta juntando todos seus eletrônicos, equipamentos de foto e video, e uma mochila com rodinhas apenas para poder carregar isto tudo. Uma maquina para cada situação, uma de reserva, uma para 360 ° e descobriu que falta um filmadora... GPS resolvemos que vamos levar dois; o dele (um deles) e o meu, e navegaremos em Stereo.
Ja fizemos contato com a Vodafone que irá disponibilizar o acesso à Internet por chip pré-pago, já sabemos em que locais, quais lojas, e em que departamentos nos endividaremos por bastante tempo, e já sabemos até mesmo a que horas é feito o tour na fabrica de chocolates da Cadbury em Dunedin ( ao sul de Christchurch – lá pelo 4o. ou 5o. dia).
Bom, é assim que eu cheguei até aqui. Cristina sempre me acompanhou e curte bastante os passeios. A Nova Zelândia sempre foi um de seus sonhos, apesar de ter viajado pelo muindo muito mais do que eu. 30 dias numa casa de 10m2 com mais um casal amigo podem mudar a história, veremos...
Pretendemos registrar o nosso passeio em foto e filme, e dividir algumas com vocês através deste Blog, curtam !
Pedro Bass
Cristina
Quando criança, um álbum de figurinhas intitulado “Raças e Costumes” despertou minha curiosidade e o desejo de viajar. Naquela época, é bom lembrar, a TV estava começando e não havia internet.
Desde então, sempre que possível, lá estou eu indo de ônibus, de carro, de avião, de trem, de navio para algum novo destino. A distância, o tamanho ou importância do lugar não são relevantes, mas sim a fascinante descoberta das belezas naturais, da cultura e dos costumes. Desta forma conheci cidades e países da Ásia, Oriente Médio, Europa, Américas do Norte e Latina.
Após ter visitado a Argentina e passado algum tempo na Europa, viagens financiadas pelos meus pais, o “bichinho” já havia se instalado e a vontade de conhecer o resto do mundo era cada vez mais forte.
Foi então que resolvi tentar um emprego na aviação. Pensei: fico um ano, vou de férias para a Ásia e depois peço demissão. Entrei para a Lufthansa, conheci o Pedro, fui para a Ásia, casei com Pedro, nasceram os filhos Christian e Patrick e 30 anos depois me aposentei, na aviação. Agora chega de avião !!!!!!
Durante nossos 35 anos de casados Pedro e eu sempre tentamos fazer as nossas viagens inesquecíveis, repletas de aventuras. Planejamento básico, nada muito rígido com bastante espaço para o improviso e mudanças que nos propiciem emoções inesperadas. Descobrimos que viajar de carro é simplesmente fantástico. De trailer já fizemos. Faltava de Motorhome.
Nova Zelândia sempre foi um sonho a ser realizado. De MotorHome, perfeito!
Carol e Sérgio grandes amigos e parceiros de aventuras motorizadas, companhia ideal. Nossa intimidade é bastante para dividirmos durante 30 dias espaço tão pequeno.
Então, o que estamos esperando?
Desde então, sempre que possível, lá estou eu indo de ônibus, de carro, de avião, de trem, de navio para algum novo destino. A distância, o tamanho ou importância do lugar não são relevantes, mas sim a fascinante descoberta das belezas naturais, da cultura e dos costumes. Desta forma conheci cidades e países da Ásia, Oriente Médio, Europa, Américas do Norte e Latina.
Após ter visitado a Argentina e passado algum tempo na Europa, viagens financiadas pelos meus pais, o “bichinho” já havia se instalado e a vontade de conhecer o resto do mundo era cada vez mais forte.
Foi então que resolvi tentar um emprego na aviação. Pensei: fico um ano, vou de férias para a Ásia e depois peço demissão. Entrei para a Lufthansa, conheci o Pedro, fui para a Ásia, casei com Pedro, nasceram os filhos Christian e Patrick e 30 anos depois me aposentei, na aviação. Agora chega de avião !!!!!!
Durante nossos 35 anos de casados Pedro e eu sempre tentamos fazer as nossas viagens inesquecíveis, repletas de aventuras. Planejamento básico, nada muito rígido com bastante espaço para o improviso e mudanças que nos propiciem emoções inesperadas. Descobrimos que viajar de carro é simplesmente fantástico. De trailer já fizemos. Faltava de Motorhome.
Nova Zelândia sempre foi um sonho a ser realizado. De MotorHome, perfeito!
Carol e Sérgio grandes amigos e parceiros de aventuras motorizadas, companhia ideal. Nossa intimidade é bastante para dividirmos durante 30 dias espaço tão pequeno.
Então, o que estamos esperando?
4 Amigos 1 Destino , Nova Zelândia de MotorHome !!!!
Lá vamos nós !!!!!
Lá vamos nós !!!!!
Cristina Bass
